NÃO CABE MAIS A INDIFERENÇA E MUITO MENOS O SILÊNCIO

Após vários meses com o sistema de estresse super ativado e sem uma rápida intervenção no começo da agressão, este estresse se transformará em um distúrbio psíquico que, em muitas situações, torna-se irreversível. 

Todas as vítimas, com raríssimas exceções, experimentam uma desestabilização permanente.  Em todas as outras formas de sofrimento no trabalho e, em particular, no caso de uma pressão profissional excessivamente forte, quando cessa o estímulo, cessa também o sofrimento, e a pessoa consegue recuperar o estado normal. O assédio moral ou sexual, ao contrário, deixa sequelas marcantes que podem evoluir para o burnot, para o estresse pós-traumático, para um resposta muscular irriversíveis como paralisia facil, derrame, AVC até uma sensação emocional de vergonha recorrente ou mesmo modificações duradouras de personalidade. A devastação persiste, mesmo que a pessoa esteja afastada de seu agressor. Ela é refém de uma cicatriz psicológica que a torna frágil, medrosa e descrente de tudo e de todos. 

Um agressor perverso sabe utilizar com habilidade uma especifidade, um traço de temperamento ou de um detalhe íntimo para fazê-lo agir contra a pessoa. Em todos os casos, o objetivo é mirar o tendão de Aquiles e, se possível, atingir a identidade ou a autoestima da pessoa. 

Os quadros traumáticos mais graves são encontrados principalmente nos casos de assédio moral, em que a pessoa se vê isolada, “sozinha contra todos” e com frequência ocorre gestão por injúria, em que a falta de solidariedade dos companheiros ajuda a neutralizar a situação. Qualquer que seja a definição adotada, o assédio moral é uma violência sub-reptícia, não assinalável, mas que, no entanto, é muito destrutiva; o efeito cumulativo dos microtraumas frequentes e repetitivos é que constitui a agressão. 

A rememoração das cenas de violência e humilhação se impõe à pessoa traumatizada, que não consegue se livrar delas.  Essas imagens, exteriores à pessoa que as recusa, funcionam como flashbacks dolorosos.  À noite, as situações das cenas violentas permanecem dolorosas por muito tempo, às vezes até para sempre. Anos depois, as vítimas continuam a ter terríveis pesadelos associados a elas. É como se o corpo tivesse gravado involuntariamente a memória do trauma e que pudesse ser revivido eternamente e a todo instante.  As pessoas têm reações de sobressalto, e as imagens se impõe a elas quando cruzam com alguém que se parece com o assediador ou quando estão numa situação familiar. 

Acontecimentos na vida como o assédio moral ou sexual servem para ferir, desgastar, minar as pessoas, fazendo-as perder toda a ilusão e a esperança. Sobrevém, nestes casos, uma amarga sensação de derrota, de existência desperdiçada, de paraíso perdido. Este quadro inevitavelmente leva ao adoecimento emocional onde o colaborador é considerado inapto para continuar em seu cargo sendo impiedosamente afastado para o tratamento de depressão ou de grande ansiedade. 

Não existe ninguém sem história; deixemos de nos iludir e esconder nossas feridas. Mas nem por isso, podemos permitir a manipulação do assediador de tentar impor, diante dos seus superiores ou mesmo diante do tribunal, que a situação atual de fragilidade física e emocional tem sua origem na vida regressa, impediosamente apostando em neutralizar suas perversas ações de violência ardilosa de assédio moral.   

Numa Empresa onde distraidamente o ambiente se torna nocivo para os seus colaboradores, gera-se medo, insegurança, angústia, levando a grandes e até incalculáveis prejuíços financeiros, como baixa produtividade, queda nos padrões de qualidade, erros, retrabalhos, absenteísmo e turnover.

Este alerta é para você, lembrando que você faz parte da Empresa e, fique atenta, porque este 'você' poderá ser alguém que está aí, sentado ao seu lado!

 

TEM CERTEZA DE QUE AINDA PERMANECERÁ EM SILÊNCIO?